sexta-feira, 1 de maio de 2020

Balanço da quarentena




Concluí a sétima semana em teletrabalho/quarentena, pelo está na altura de fazer o balanço desta experiência que é, para mim, totalmente nova.

Por um lado, posso dizer que prefiro trabalhar no escritório porque na maioria dos dias sinto que sou mais produtiva e, claro, porque me faz falta a companhia dos meus colegas, as pausas, os momentos cómicos que partilhamos. Felizmente, tenho a sorte de estar rodeada de pessoas fantásticas. Mas, ao mesmo tempo, é bom saber que agora temos essa possibilidade quando for necessário ou mais conveniente. 

Pondo esse aspecto de parte, queria realçar os muitos pontos positivos que tenho tido a oportunidade de testemunhar. Embora esta situação de confinamento esteja longe de ser ideal, tem constituído até agora uma fonte de boas ações, revelações, criatividade, adaptação e solidariedade.

Já vimos diretos de vários artistas e organizações que, através das suas páginas das redes sociais, nos deram a possibilidade de ver concertos, bailados, espetáculos, peças de teatro e filmes. Vimos inclusivamente grupos de artistas nacionais e internacionais que se juntaram para concertos de angariação de fundos para o combate à Covid-19. 

Há várias personalidades e instituições que disponibilizam formações online e aulas de grupo, muitas delas gratuitas, que nos permitem aproveitar com qualidade o tempo que agora temos "a mais". Temos acesso a toda uma panóplia de serviços que nos permitirão ultrapassar e sair deste período mais fortes, com novas competências e, até, mais tonificados, se assim o desejarmos.

Temos visto a capacidade de adaptação e resiliência dos pequenos e médios negócios ao alterarem as suas funções de modo a irem ao encontro das novas necessidades dos seus clientes. Seja através do take-way por parte dos restaurantes ou mesmo da alteração completa da atividade, enquanto não podem reabrir os seus espaços físicos. As empresas viram-se obrigadas a aderir e potenciar os seus espaços digitais. 

Todos nós demos um grande passo na utilização e domínio das tecnologias digitais. Aliás, sem elas, este período seria infinitamente mais difícil seja pela forma como iríamos ocupar o tempo, seja pelo facto de esta ser, para muitos, a única possibilidade de ver as pessoas que lhes são queridas, nomeadamente família e amigos. Até já os avós aprenderam a fazer vídeo-chamadas! Nas grandes adversidades, criam-se grandes oportunidades que, em condições normais, tardariam ou nunca chegariam.

Ainda no que toca à solidariedade e espírito de união entre todos, várias marcas de renome começaram a produzir desinfetantes e material de proteção para os profissionais de saúde. Várias pessoas também se organizaram nas suas comunidades e áreas de residência e disponibilizaram-se para entregar encomendas e bens essenciais a pessoas idosas, que devem evitar a todo o custo sair de casa. Devido à situação precária em que muitas famílias se encontram porque um ou mais membros não podem trabalhar, formaram-se as denominadas Caixas Solidárias, em que qualquer pessoa pode deixar o que poder e qualquer pessoa que precise pode levar.

A um nível mais micro, é um prazer ver os vários talentos que agora as pessoas estão a revelar nas suas redes sociais. Pessoas que não sabia serem capazes de cantar, dançar, desenhar ou tocar instrumentos musicais. Ao nos afastarmos fisicamente, tornámo-nos mais próximos. Acabámos por nos conhecer melhor uns aos outros, entrámos nas casas uns dos outros.

É realmente incrível o que o ser humano consegue fazer em alturas difíceis. Se, por um lado, somos um perigo para o Planeta, por outro, também podemos ser a sua salvação. É uma questão de escolhermos aplicar a nossa criatividade e engenhosidade para a cooperação, para um Mundo melhor. E não nos esquecermos das lições que aprendemos nesta fase. Porque a verdade é que daqui a uns anos, não nos esquecemos de que isto aconteceu, mas teremos a tendência para relaxar, para voltar a como estávamos antes desta crise. Há coisas que devemos aproveitar e não deixar regredir.

domingo, 15 de março de 2020

Uma Luz num Túnel (In)findável

Olá a todos,

Sei que já passaram alguns anos desde a minha última publicação neste blogue, mas a situação em que vivemos fez com que me inspirasse a escrever e partilhar convosco o que de positivo se pode tirar de tudo isto.

Desde que este micróbio Covid-19 foi declarado uma pandemia pela Organização Mundial de Saúde, originou-se um frenesim nas pessoas um pouco por todo o mundo. A realidade portuguesa não foi diferente, como se pode verificar pelas prateleiras vazias da maioria dos supermercados quase desde a hora de abertura.

Este frenesim é justificado - estamos perante uma situação realmente séria. O nível de contágio é, no mínimo, alarmante e creio que o que nos faz ficar mais receosos é o facto de nem as autoridades mundiais ao nível da saúde terem respostas conclusivas sobre como combater a infeção. Dizem que depende das pessoas (sistema imunitário de cada um, idade, problemas respiratórios), que devemos lavar as mão várias vezes ao dia, evitar contacto físico e, mais recentemente, tentar ao máximo não sair de casa. E é neste último ponto que gostaria de me focar.

De quinta-feira passada para sexta (ou seja, de 12 para 13 de Março de 2020), houve uma declaração de emergência e um apelo para que as pessoas evitassem a todo o custo ajuntamentos e que ficassem em casa. No seguimento disto, o que aconteceu no Sábado à noite? Não apeteceu ficar em casa e lá foi a juventude (e não só) encher as ruas do Cais do Sodré.

O objetivo deste post não é chamar a atenção para as consequências negativas destas atitudes. É, sim, chamar a atenção para as partes positivas que podem advir desta situação. As pessoas foram para o Cais do Sodré, não necessariamente porque sejam egoístas e/ou não estejam a pensar no bem maior da comunidade, mas porque ficar em casa pode ser aterrador, hoje em dia. Já não sabemos o que é isso. Numa época em que temos revistas digitais, estações de rádio e de televisão, anúncios sugeridos nos sites que visitamos que nos estão sempre a apelar para uma escapadinha com desconto para aqui, ir ao brunch espetacular que abriu agora ali, experimentar o fantástico rooftop inaugurado na semana passada a seguir ao trabalho, pressão social subreptícia para ter planos com amigos a toda a hora (sob pena de ser rotulado antisocial)...que nos desabituámos a estar em casa por um período maior do que talvez duas horas por dia no serão (quando estão terminadas as tarefas domésticas) e mais sete horas (na melhor das hipóteses) em que nem damos por isso, porque estamos a dormir.

Então e agora? O que fazemos a todo este tempo em casa?
Aproveitemos para parar um pouco, levantar a cabeça e respirar. Uma das resposta que ouvimos mais frequentemente a uma proposta ou sugestão é: "não tenho tempo"; "ando sempre a correr"; "queria ter um dia que fosse para descansar". As preces foram ouvidas...por isso, parem, relaxem, descansem.

Aproveitemos para nos reencontrarmos, tanto connosco mesmos como com aqueles com quem partilhamos o nosso espaço. Temos agora a oportunidade de passar tempo de qualidade (embora sem muito contacto físico) com as pessoas que são mais importantes para nós. Já podemos fazer as refeições juntos, passar tempo de qualidade em família, porque agora não há reuniões a horas tardias ou o tempo perdido nos transportes ou no trânsito.

Agora há tempo para tudo: trabalhar (para os que o podem fazer a partir de casa), pôr as séries em dia, fazer exercício (há muitos treinos que não exigem equipamento e que se podem fazer em casa e que ajuda bastante a nível psicológico).

Aproveitemos para refletir, para conversar, para ler um livro, dando asas à imaginação. Esta é a forma mais segura de irmos onde quisermos sem, na realidade, sairmos de onde estamos.

E, se sobrar tempo livre, por que não usá-lo para aprender algo novo. Experimentar uma receita de um amigo (em vez de ir comer fora), aprender uma língua estrangeira, melhorar algo em casa de modo a ficar mais funcional.

Se olharmos para a situação desta perspectiva, não só não seremos afetados como sairemos ainda mais fortes (física, emocional e intelectualmente)!

Cumpram as regras, protejam-se, fiquem bem!


segunda-feira, 27 de março de 2017

The kind of manager I want to be when I grow up





Leadership is the constant theme on the table. Some say it is supposedly a set of skills which are innate; others say they can be learned and developed. Some authors dwell on autocratic leadership while others disseminate the wonders of a democratic leadership, as employees feel more involved with the decision making process, which leads to motivation and, by extent, to high performance standards.

More recently, a new theory appeared: the situational leadership, which obviously means that the leader should adapt his posture to the situation in hands. It seems that this one is the most effective and, therefore, the most difficult to achieve in practice. However, this model was further enhanced: it focuses on the people and the leader's behaviour will depend on two main factors: sills and motivation of the employees. As they make a progress through learning and engaging with the organisation, the leader tens to delegate more easily...or so it should be. A good leader prepares the future, rather than being afraid that someone else might "steal" his/her place.

All this boring literature-inspired introduction to say that I, personally, never managed anyone. I did train a few on-boarding people on my team and directed them in what they should do until they got the hang of it. But, thus far, I can't say I had people under my responsibility.

I have been managed all my working years, though. This is why I am aware of the skills a manager should have and the atitudes they should show, because those are the ones I would like to have directed at me. Skills and behaviours are highly linked - people who are comfortable with communicating with others will more easily create and maintain an open channel of communication with their teams and this is really important. Employees should feel at ease to talk with their managers, not only because it simplifies everyday's work, but also promotes problem fixing before it becomes almost incorrigible. 

Another key-feature is feedback. Whether it is good or bad, it should be constant. People need to know for sure if what they are doing is correct and need to feel that their wok doesn't go unnoticed. Recognition is a vey relevant element of motivation and should be made in public. Now, attention, please! If it is a negative remark, it should be made as soon as possible and in private. Shaming someone, apart from morally questionable, is very likely going to make a negative impact on the person and affect his work, relationship with the manager, with their peers and, ultimately, with the organisation itself. Feedback should also be formally given to all employees on the annual review of their performance and the next years' goals should be clearly transmitted and the means to achieve it discussed.

Which brings me to the development of employees. An attentive manager will soon realise their team's potential. He/she can give them opportunities to develop some skills that enable them to perform other tasks and keep them feeling challenged. 

This is valid across the organisation for all areas. And these impacts can me measured to show how important they really are. Two competing companies may have in their structure the same job positions and tasks but what cannot be replaced is the personal value each employee will bring to the organisation if correctly stimulated. 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

O (novo) Museu dos Coches



O antigo e o novo Museu dos Coches


Espero que todos tenham tido a excelente oportunidade de visitar aquele que, até final de Maio deste ano, foi o Museu dos Coches. Um antigo picadeiro real que, pela mão da Rainha D. Amélia, foi transformado em museu e aberto ao público.
Este é um edifício clássico, com uma fachada esteticamente elegante, que dava vontade de entrar e ver se o seu interior era tão ou mais impressionante do que o exterior. Era resplandecente, tendo em conta o seu uso inicial, pois todos os detalhes eram importantes e feitos com apreço, num tempo em que uma simples moldura era por si só uma obra de arte. Quando lá fui, apesar de tudo isso, considerei realmente que o espaço era reduzido para a quantidade de peças que faziam parte do espólio em exposição. Seria impensável retirar algum dos exemplares, pois todos eles são património que conta a nossa História e tornaram fisicamente possíveis alianças entre Portugal e outros países. Numa parte do museu, havia vários exemplares que tinham de estar muito próximos devido à falta de espaço, resultando numa dificuldade de o público poder analisar estes coches com mais detalhe e apenas podendo ler a placa identificativa correspondente. 

No andar de cima, desfilávamos ao longo do corredor cujo parapeito era todo decorado e trabalhado e as paredes ornamentadas com quadros de figuras reais, que personificam a História transportada pelos coches que podem ver agora em perspectiva. Corredor este em que, muitos anos antes, pessoas ilustres assistiam a práticas equestres. Este é o ambiente em que os coches se enquadram na perfeição, em que sentimos, consciente ou inconscientemente, que tudo faz sentido pela aura história que encerra. 

Assim sendo e atendendo aos aspectos negativos deste museu já referidos, não pareciam razão suficiente para o investimento de 40 milhões de euros na construção de um novo espaço para os coches, sobretudo devido à situação financeira do País, e ainda para mais a passagem um edifício cuja arquitectura moderna e norte-europeia não combina com a temática do museu.

Decidi, por isso, ir ver este novo Museu dos Coches, situado apenas a alguns metros de distância do antigo. Deparei-me então com uma dificuldade: encontrar a entrada. Todos os lados do edifício são francamente parecidos e têm portas. Resolvi, assim, tentar o lado para onde havia maior número de pessoas a dirigir-se. O novo museu é constituído por dois edifícios ligados por uma ponte. O primeiro é o museu propriamente dito e outro é um auditório. Mas foi quando cheguei à bilheteira que me apercebi de que o antigo museu ainda está aberto e pode ser incluído na visita do novo, se assim desejar.

O passo seguinte foi entrar num elevador grande (que faz lembrar os que são usados para cargas e descargas) e esperar que viessem mais pessoas para justificar o gasto de energia associado à subida. Perguntei ao encarregado se havia escadas, ao que me respondeu afirmativamente. No entanto, afastei solidariamente essa ideia pois, ao sair, iria impor um maior tempo de espera aos outros visitantes.

A exposição encontra-se no primeiro andar e, assim que entrei, senti um vazio. Além de o espaço ser agora demasiado grande, a sensação que transmite é apenas a de uma arrecadação que contém uma série de objectos de valor catalogados, que podem vir um dia a ser necessários para uma qualquer eventualidade. Mais especificamente, lembra um armazém de uma fábrica, com as suas paredes brancas e nuas, com um tecto constituído de luzes e barras de ferro quadriculadas. Uma visão destas impede a psicológica viagem no tempo que se fazia ao entrar no museu antigo. Porque os coches faziam parte de um tempo em que a arquitectura representava uma arte e uma dedicação inigualáveis, onde se via o orgulho no País que representava. Seria o equivalente a pôr uma família do século XVIII a viver num apartamento do Parque das Nações. 

Devo, no entanto, dizer que o espaço foi bem aproveitado e que cabem todos os coches neste primeiro andar de forma desimpedida, tal que é possível ao público analisar todos os exemplares com detalhe. Digo mais ainda: os coches estão bem organizados tematicamente e separados por faixas. No início de cada faixa, encontra-se uma placa explicativa do tema a que cada conjunto pertence. Tem desde caleches eclesiásticas, a coches reais, modificações ao longo do tempo e a secção das crianças.

O museu tem ainda um segundo andar, acessível através de escadas, as quais parecem inacabadas. Todo o edifício é branco e isso, por si só, já é motivo para se ter essa noção, mas nesta parte em específico, a pintura não foi aplicada por igual. Uma vez lá em cima, deparamo-nos com mais paredes brancas e nuas. Faltam os ditos quadros que estavam no museu antigo e foi aí que percebi o porquê de esse estar ainda aberto. Existe o novo mas não nos conseguimos desligar do antigo. Não entendi a necessidade deste segundo piso porque não se conseguem ver bem os coches. O parapeito parece estar feito para estrangeiros com mais de um metro e oitenta e, portanto, não oferece a possibilidade de ver a exposição em perspectiva. Chegou, assim, ao fim da visita. Saí e tive a necessidade de olhar para o antigo picadeiro real. O que será que pretendem fazer dele? Continua apenas a servir para ostentar quadros reais ou será usado para outra finalidade? Talvez um dia tenha a resposta.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Acha que está LinkedIn?



Este é o último artigo da rubrica das dicas para usar as redes sociais como ferramentas na procura eficiente de emprego. E guardei para o fim o melhor o recurso disponível na Internet: a rede do LinkedIn. 

Já uso o LinkedIn há vários anos. Ou melhor, quando o criei, passava tempos sem ir à minha conta. Portanto, era utilizadora, mas não tirava partido quase nenhum das suas potencialidades, o que pode ser explicado por dois factores: ainda não havia muitos usuários (ao contrário do Facebook) e estava a tirar a licenciatura, o que me fazia não pensar pragmaticamente na parte profissional. Com o passar dos semestres, isso foi mudando e comecei gradualmente a entrar em contacto com esta rede social, que tinha agora maior dimensão. 

No fundo, o LinkedIn é muito parecido com o Facebook, embora o objectivo da socialização seja para fins profissionais. Criarmos uma rede de conexões (e não amigos) que nos abram portas para os caminhos profissionais que procuramos. Toda a rede está feita para que nos possamos mostrar às outras pessoas como um cartão de visita profissional. Mas claro que, para esse efeito, há que saber usar a rede e criar um perfil forte que cause impacto. E é para vos ajudar nesta questão que escrevo este artigo. Passo então às célebres dicas.

1. Criar um "perfil campeão"

O que significa isso? Bom, a resposta até é intuitiva: ter um perfil que nos permita chegar onde queremos. Como se consegue isso? Essa, sim, é a pergunta-chave e tem uma resposta bastante acessível, mas é importante que não se esqueça de nenhuma das componentes. 

Em primeiro lugar, ponha uma foto que seja profissional, se possível. Evite aquelas em que está na praia ou no café com amigos. Convém que seja uma foto que mostre que é uma pessoa que entrou na rede motivada e que tem objectivos. Pode ser de fato ou mais à vontade e deve ter o tamanho tipo passe. Não tenha medo de sorrir, porque o objectivo é passar uma imagem profissional e bem-disposta, onde não há lugar para "caras de enterro". Vários estudos já demonstraram que perfis sem foto causam alguma desconfiança tanto para utilizadores individuais como potenciais empresas recrutadoras. Por outro lado, o sorriso cria instantaneamente uma carga maior emocional e simpatia para com a pessoa.

Em segundo lugar, deve preencher todos os campos que existem: escolas, universidades, cursos, mestrados, voluntariados, projectos, tudo com data de início e fim (a não ser que se mantenha actualmente). O próprio sistema contabiliza o tempo que passou em cada um dos itens automaticamente a partir das datas que introduz. Se for benéfico, pode também pôr as classificações que obteve e carregar vários documentos que fundamentam o que alegou no perfil (desde o CV, a todos os certificados e declarações que tenha). 

Escolha a língua em que pretende construir o seu perfil. Aqui a escolha pode passar pelos seus objectivos: se pretende trabalhar numa PME portuguesa ou numa multinacional, que, embora portuguesa, normalmente pede o CV em inglês.

Último conselho relativamente ao perfil: não deixe a caixa do resumo em branco. É um erro fatal que várias pessoas cometem, porque se esquecem que um perfil de LinkedIn é relativamente parecido com um livro - o interesse ganha-se ou perde-se nos primeiros 5 segundos com a sinopse ou prefácio. Se essa parte nem sequer existir, o livro tem tanta informação que nem vamos perder tempo a analisar. A nossa página nesta rede social funciona da mesma forma, por isso, o resumo deve incluir um ou dois parágrafos em que fala um pouco de si, da sua formação, experiência e objectivos profissionais.

2. Crie a sua rede de contactos

Crie uma rede de contactos à sua medida. E, quando digo à sua medida, não estou a falar necessária e exclusivamente nos seus amigos. Pense primeiro nas áreas que lhe interessam e procure, numa primeira fase, pessoas que conhece e que têm essa formação ou trabalham nesses sectores e peça para se conectar. Posteriormente, pode procurar pessoas que ainda não conhece mas tem ideia de que serão interessantes para si e envie-lhes um pedido de conexão com uma mensagem pessoal e simpática em que se apresenta e explica a razão do seu interesse. Isso pode acontecer também nos casos em que quer entrar em contacto, por exemplo, com um utilizador que tenha publicado uma vaga de emprego que lhe interesse. Mostra determinação e proactividade da sua parte e fica sempre bem para o recrutador.

3. Siga empresas-alvo

Uma vez chegado até aqui, já tem uma ideia mais definida de como pretende traçar a sua carreira, independentemente se já é um profissional com experiência e sente a necessidade de um novo desafio ou se acabou de sair da universidade e está à procura do primeiro emprego.Assim sendo, explore as empresas que lhe interessam. Quase todas têm uma página no LinkedIn e só tem de as encontrar, segui-las e voltar lá periodicamente para ver as novidades e vagas que apareçam.

4. Seja activo

Partilhe o seu blog, os seus artigos, ideias que tenha com as suas conexões. Veja o que tem acontecido e comente, goste e partilhe publicações de outras pessoas que tenham interesse para si.

Uma boa forma de ser participativo e haver interacção é procurar grupos sobre temas relevantes e aderir. Pode iniciar debates, participar num que esteja activo e dar a conhecer as suas capacidades e o seu trabalho. Como vantagem secundária, poderá também alargar a sua rede de conexões que partilham gostos e interesses.

5. Encontre as vagas que procura

Todos os dias são publicadas várias vagas de emprego. Pelo seu perfil, escolha de interesses, localidade e empresas que segue, o próprio LinkedIn faz uma triagem de todos na rede e apresenta-lhe uma série de oportunidades no separador "Empregos". Pode também fazer uma busca personalizada no mesmo separador se tiver um sector em específico sobre o qual queira ter mais resultados.

Pode visualizar todas as vagas que desejar, guardar as que lhe interessam para mais tarde analisar com mais cuidado e candidatar-se. Há três formas de se candidatar a um emprego: pode fazê-lo directamente pelo LinkedIn, enviando automaticamente o seu perfil e no formulário que aparece pode anexar o seu currículo e pôr o seu número de telemóvel; pode clicar no link que o direciona para o formulário da empresa; ou pode ainda, se for disponibilizado o endereço electrónico, enviar um e-mail com a sua candidatura, respeitando as indicações patentes no anúncio (se existirem).

Por agora é tudo. Espero que estes conselhos sejam úteis e votos de muito sucesso!   

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Top 3: dicas para "Facebookar-se" um emprego


Há quem diga que a rede de Mark Zuckerberg está em queda entre os utilizadores mais novos. Ouço várias mães a dizer que os seus filhos consideram que o Facebook já está ultrapassado e preferem o Instagram ou o Snapchat. Veremos qual será a próxima plataforma a atingir um sucesso tão grande.

No entanto, este artigo não é dedicado ao nível de popularidade do site, mas à sua utilidade na procura e até aconselhamento de emprego. Relativamente ao uso dito normal do Facebook, não acredito que seja necessária muita explicação pois, uns mais outros menos, mas quase todos nós o utilizamos e sabemos como funciona. Assim sendo, à semelhança do artigo anterior, apresento aqui algumas dicas que poderão ser úteis para usar o Facebook como ferramenta de procura de trabalho, que cada vez mais as pessoas estão a utilizar.



1. Leia artigos relevantes 

Todos nós encontramos no nosso feed artigos sobre o último escândalo de Hollywood, sobre como o limão é bom para a saúde e sobre os benefícios de correr 50 km por dia. Todos eles são importantes para alguém, mas para o público leitor deste artigo, refiro-me àqueles artigos que aquele amigo simpático partilha sobre como melhorar o seu currículo, como tornar mais eficiente a procura de emprego e como se preparar para uma entrevista.

Este ponto é importantíssimo porque, antes de olhar para o exterior, tem de avaliar a sua potencialidade, considerando que vai entrar numa competição feroz de vários candidatos que podem ter as mesmas hipóteses que você. E podem ficar em vantagem se tiverem um currículo mais apelativo ou estarem melhor preparados na entrevista. Se estiver atento, verá que há vários artigos partilhados todos os dias sobre estas temáticas.

2. Escolha bem as páginas de que "gosta"

No seguimento do ponto 1., a melhor forma de encontrar informações relevantes é seguindo páginas que publicam este tipo de informação. Procure na barra superior da página jornais ou revistas que costumam ter uma página da sua edição escrita reservada ao recrutamento e a conselhos tendo esse objectivo em vista. Sei, por exemplo, que a Time partilha periodicamente informações que podem ser importantes para o seu caminho na procura de emprego.

Outra razão para estar atento a onde põe o "like": há várias páginas que se dedicam exclusivamente à partilha de oportunidades de emprego (trabalho por período indeterminado, temporário e em regime part ou full-time) e de estágios (curriculares ou profissionais). Tendo em conta o tipo de trabalho que pretende, limite os seus "likes" a páginas com o conteúdo correspondente, sob o risco de ter demasiada informação no feed, dispersando-se do seu objectivo e deixando passar oportunidades que podiam ser interessantes para si.

Como não há duas sem três, aqui vai o último fundamento deste ponto. Faça uma pesquisa na net de quais as empresas em que gostaria de trabalhar, tendo em conta as suas capacidades e formação académica. Em seguida, procure por essas empresas no Facebook, sendo que hoje em dia quase todas estão presentes nesta rede social e deixe o seu "gosto". Desta forma, poderá ir acompanhando os desenvolvimentos, iniciativas e até ter conhecimento de possíveis vagas que apareçam e que sejam anunciadas nas respectivas páginas.

3. Junte-se e participe activamente nos grupos

Guardei esta dica para o fim para que o artigo fosse estruturado e porque é a mais útil. Mais uma vez, usando a barra de procura no início da página, procure grupos por palavras-chave ("emprego", "trabalho", local de residência) e peça para aderir a todos os que encontrar, porque muitos deles são restritos. Isso significa que não poderá ver o seu conteúdo enquanto não for membro. Quando for aceite, se vir que realmente as publicações de determinado grupo não lhe interessa, pode sempre sair a qualquer momento e escolher não ser re-adicionado.

Por experiência própria, recomendo o grupo "Emprego Lisboa", pois tem todo o tipo de oportunidades (empregos e estágios) em todos os sectores de actividade e pode filtrar a informação na barra de pesquisa que há dentro da própria página do grupo. Outra vantagem é a elevada experiência em entrevistas de alguns dos seus membros, podendo por isso tirar algumas dúvidas em relação a uma chamada de empresa que tenha recebido ou entrevista que vai ter. Se tiver alguma suspeição de que, por exemplo, a empresa não é fidedigna, pode partilhar essa apreensão com o grupo, do qual provavelmente terá uma resposta rápida. Pode também procurar o nome da empresa nessa barra de pesquisa para ver se já havia alguma informação relativa ao assunto que desejava abordar.

Os grupos são uma excelente forma de encontrar boas oportunidades, que são partilhadas todos os dias, e é uma forma de interagir com outras pessoas que estão na mesma situação ou que já passaram por isso e podem ajudar.


Por agora é tudo. "Facebook-se" um emprego!


sábado, 16 de maio de 2015

5 dicas para pôr o Instagram a render



Em termos de socialização, a rede social que está em franca ascenção é o Instagram. É de simples utilização: criamos um nome de utilizador, que ainda não exista na rede, e publicamos fotos. Muitas fotos. Este é um site que privilegia a imagem, em detrimento do texto. O objectivo é seguirmos os amigos e pessoas que nos interessam, consoante os nossos gostos pessoais, e sermos também seguidos. Quanto mais seguidores um utilizador tiver, maior é o seu impacto na rede. Este objectivo é mais facilmente conseguido usando uma táctica que explorarei mais adiante.

À primeira vista, uma plataforma assim não deveria ser utilizada para efeitos profissionais. No entanto, há certas práticas que podemos adoptar que facilitam este caminho. Para pessoas com blogs, alguns interesses específicos, lojas online e criatividade artística o Instagram constitui uma ferramenta importante para difundir os seus trabalhos e inspiração.

1. Defina os seus objectivos e o tipo de imagem que pretende transmitir aos seus seguidores

Se pretende chegar a pessoas para as inspirar com boa disposição e optimismo. Se pretende divulgar o seu blog ou site (pessoal ou profissional). Se pretende dar a conhecer o tipo de ocupação que anda à procura. Se está inserido numa destas categorias, o Instagram é para si.

2. Não deixe a descrição do seu perfil em branco

Analise bem a sua conclusão relativamente ao ponto 1., faça um resumo constituído por alguns adjectivos e escreva a descrição no espaço que lhe é reservado quando está a construir o seu perfil. Tente que esta descrição seja pequena mas cativante, que fique na cabeça de quem a lê. 
Apesar de este ser um site baseado em imagens e pequenos vídeos, as pessoas sentem-se mais atraídas e têm instantaneamente uma ligação de mais confiança em perfis que estão completos, porque passa a ideia de que a pessoa não se esconde e que se quer dar a conhecer.

3. Publique imagens/vídeos relevantes e cuidados

 Procure adequar as imagens e vídeos que cria em função do tipo de perfil que traçou como objectivo na sua cabeça. Sejam frases, selfies, viagens, acessórios, moda, é importante ter cuidado com a forma como tira a foto ou filma o vídeo, desde o objecto a tudo o que o rodeia. Tenha também em atenção os filtros e ferramentas de edição que tem ao seu dispor para melhorar ou desfocar, conforme o que pretendido, e cortar. É recomendável que vá praticando e publicando antes de ter muitos seguidores para, quando entrar "no jogo a sério", já seja um pro.

4. Torne-se um "hashtagger"

As imagens são mesmo muito importantes. Mas, principalmente no início de vida do "instagramer", o uso das hashtags é crucial. Primeiro que tudo: o que é uma hashtag? Acredito que muitos de vós saibam, mas nunca é demais relembrar: são aquelas palavras, e às vezes frases, que vemos a seguir a um asterisco (#). Se reparar, essa mesma palavra ou frase fica azul como acontece aos links de um site. E deve-se ao facto de esta se tornar também um link, mas desta vez de todas as publicações feitas nessa rede social que a contenham. E será desta forma que as primeiras pessoas a ver o seu perfil o vão encontrar. Portanto use a parte da aplicação que tem o símbolo de uma lupa para pesquisar pessoas, e hashtags. Veja quais são as mais usadas e, conforme a imagem ou vídeo que quiser publicar, use-as também para atrair pessoas à sua página. Além dos seus amigos, que quase já deverão estar garantidos, é desta forma que conseguirá "likes" e seguidores de muitas mais pessoas.

5. Encontre e siga pessoas de interesse

Mais uma vez, use a opção da pesquisa para encontrar utilizadores que tenham perfis semelhantes àquele onde quer chegar e, caso estejam a ser bem sucedidos, veja o estilo de imagens e descrições que utilizam e tente fazer ainda melhor. 
Enquanto que vai adquirindo mais seguidores, aproveite para interagir com pessoas cujos interesses são comuns, pois podem ajudar-se mutuamente e até formar parcerias. É aqui que tudo começa.

Sei que parece um pouco complexo, mas depois de ler o artigo com atenção, tente a sua sorte na aplicação e veja como todas estas dicas vão fazer sentido!